DUAS LÁGRIMAS
- Venho expor mágoas. Sou a transparência
que, refletida assim pelo teu rosto,
enfeia-o com tão salgado gosto,
e não há quem desvenda tal ciência!
- Venho expor emoções. E na fluência
do cenário que, sempre bem proposto,
transparece em esgares pelo rosto
a ditar rotas nessa confluência!
Ambas filhas da mesma emoção,
trafegam pela via do coração,
a desaguarem nessa foz..., a face!
Motivo?, sei lá eu!, de algo indigesto,
de algum, quem sabe, indevido gesto,
em que a lágrima logo, logo nasce!