REFUGIADOS...
Sem rumo na estrada são refugiados
Saudades nobres sentem... Do quinhão natal
Estranhos estrangeiros vítimas do mal
Trazendo nos seus pés os sonhos pisoteados...
Revivem pesadelos, todos acordados
E o vento vai levando o pranto sem final
E as chuvas vão lavando o tempo infernal
Distantes esperanças, vultos apagados...
Imploram por ajuda, mas sem veredicto
Expulsos pela guerra, fome... O infinito
Olham na escuridão, buscando a esperança...
Em retornar a pátria mãe ao sol nascer,
Mas mal conseguem ver o dia entardecer
E ouvem do silêncio: quem espera alcança...
Autor: André Luiz Pinheiro
20/06/2023 (dia dos refugiados)