Também o porco sonha antes do abatedouro!
Eleva-te, ó Coração, buscar teu tesouro!
Estará lá nas minas, em suas profundezas?
Oculto na mata virgem das naturezas?
Na corrente da água turva escapará o ouro?
Não penses que lhe rogo qualquer mal agouro,
Eu sei que a ambição é mãe fértil das asperezas.
Quem dentre nós nunca sonhou em realizar proezas?
Também o porco sonha antes do abatedouro!
Não subas tanto, lá o ar pode ser rarefeito
Assim como a água do mar queima em teu peito
A razão e a emoção são gêmeos imiscíveis
Bem sei que é capaz de realizar a façanha
Mas não desejo ouvir o estalar da montanha
O teu grito caindo de alturas impossíveis