Ovo goro
Por um golpe de sorte, a serpente
Não pôs o ovo há pouco concebido.
Será que ainda vive! Não duvido,
Pois a peçonha é vil e permanente.
Ainda se escuta o alarido
Dos sonhos da serpente adormecida.
E como o mal tem mais de uma vida,
Como se diz: “jamais será vencido!”
O bote da serpente, felizmente,
Ficou só na cabeça dessa gente
Que insiste em chocar um outro ovo:
Os neo-qualquer coisa e coisa e tal,
Que fazem da mentira o capital
Que financia a crença do seu povo.