Ovo goro

Por um golpe de sorte, a serpente

Não pôs o ovo há pouco concebido.

Será que ainda vive! Não duvido,

Pois a peçonha é vil e permanente.

 

Ainda se escuta o alarido

Dos sonhos da serpente adormecida.

E como o mal tem mais de uma vida,

Como se diz: “jamais será vencido!”

 

O bote da serpente, felizmente,

Ficou só na cabeça dessa gente

Que insiste em chocar um outro ovo:

 

Os neo-qualquer coisa e coisa e tal

Que fazem da mentira o capital

E financia a crença do seu povo.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/06/2023
Código do texto: T7815971
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