Esperança
Os dias correm lentos... Estou só,
Cativo de um futuro assaz confuso...
Ao básico me volto e me reduzo,
Que o todo desta vida será pó...
Decerto ser assim demais recluso,
Aos outros causa enfado e talvez dó,
Mas sigo desatando, nó por nó,
Os laços dessa história que eu conduzo...
E quanto mais me afasto desse mundo,
Maior clareza tenho, mais inundo
De luz o meu caminho, a minha andança...
Pois quanto mais escuro for o trilho,
Maior será o alcance desse brilho
Que chamo, quando triste, de esperança...