Meu Último Soneto
Reivindiquei o teu afeto qual difícil Rei;
cobicei o universo celeste, silenciado;
em devaneios imaginei-me ao teu lado,
sentir teu perfume, tua derme, não sei!
Mas a tua crítica implacável tudo apaga,
tua fragrância e carinho… não os verei.
pela eufororia dos teus dias, eu bem sei,
meus desejos p’ra ti, não atuam em nada.
Tento o egresso com os lumes túmidos;
partiu-se o Eldorado, sorrisos úmidos,
naufrago, entre os prantos na procela.
E só, quimera querida sob a luz de círios.
O exílio: um oceano de reditos martírios;
… os fluídos conduziram a caligem bela.