A Casa do Sol Nascente

Lá em Nova Orleans, a casa de escândalo

Com seus cômodos sujos, tão profanos

Ao som da guitarra, gritos de desengano

E a dor das mulheres, perdidas em anos

Tão forte era o cheiro da bebida barata

Que impregnava a casa, sem piedade

E a alma dos lobos, a fome não saciava

Mas enchia de prazer a urbanidade

A cidade esqueceu o que ali acontecia

No subúrbio sombrio, casa de amantes

E a casa do Sol Nascente era a alegria

Mas o destino, enfim, traz seu desenlace

E a casa de Nova Orleans, que então ardia

Hoje são lembranças efêmeras e distantes!