DETERMINISMO...
O silêncio já me visita como íntimo,
Gritando comigo sem o menor pudor,
Fazendo de mim seu estreito e istmo,
Não se importando se me causa dor.
Da qual eu não controlo o ritmo,
Tropeçando na agonia ou no furor,
Daquilo que não escuto, mas estimo,
A ausência de uma palavra de amor.
Antes até falta não fazia em cinismo,
Enveredar nos carinhos, hedonismo,
Sem sons, sem medo ou sem pudor.
Faz tanto tempo, hoje só anacronismo,
Vem a mim o imperioso determinismo,
Os sussurros, o silêncio, mas sem calor.