(In)Conclusão
Escrevo sem saber se consigo ou devo
Vou avante e recuo como numa dança
Mas dores e palavras pesam, reescrevo
Não se vê sentido viver de relembrança
Parece um estafermo o que tanto relevo
Dar-se um passo, mas não há mudança
Em minha alma, em seus braços, enlevo
Não há reencontro, mas só há tardança
Retirar da mente o que está no coração?
A pergunta é fruto de minha insistência
Mesmo acatando os motivos da rejeição
Sigo, lembrando que amor é paciência
Numa esperança tola, sei que é em vão
Que posso fazer se amá-lo é demência