De volta a Portugal
Voltei a Portugal, após dez anos,
Pra cochilar no berço de Camões,
E acordar febris recordações
Dos meus antepassados lusitanos.
O Fado ainda chora nas canções...
O vinho ainda chora à luz de vela...
A poesia monta sentinela,
No alto de sombrios casarões...
O Tejo ainda corre para o mar...
O Douro não se cansa de dourar...
E de serpentear pelo caminho.
Pessoa ainda soa a poesia
Que me trouxe de volta o que sentia,
Quando o Fado rendeu-se para o vinho.