O ralo

Encaro sisudamente a nudez

Na espera de que se desesclareça

Convergente sobre minha cabeça

A água, no meu corpo, cai de vez

Sob meus pés, sinto no chão de xadrez

O ralo desejando que padeça

A hostilidade, que se empequeneça

Microscopicamente a languidez

Pelas trevas do ralo consumido

Pelo limbo eterno aprisionado

No vazio distante carcomido

Tornou-se divergente, abandonado

Escoado, apagado, digerido

Pelo verme do banho recintado