Rubra Taça do Amor!
Caminho na saudade do amor que procuro,
Com o peito a desmaiar no poente descrente.
Sinto medo das arestas, dos muros do futuro ,
A cobrir-me de sombras rudemente .
Embebida no presente ausente de tudo ,
O coração doente num véu escuro.
A dor batendo nas paredes do meu fundo,
Com pressentimento ,receio prematuro.
Os sonhos são cruéis, cegos vazios
Perdidos nos horizontes famintos ,
Madrugadas que choram por ninhos, abrigos.
Tudo é longe, é muito longe, há muito espinho,
Na vida de emoções que um dia encostamos
E beijamos a taça rubra do esquecido vinho.
16/12/07