Extremos de Amor(Soneto 2)
2. Extremos de Amor
Se a voz maviosa e bela canta em teu ouvido,
Que ela seja a doce e aprazível voz de Vênus,
Voz de singela beleza e cujo ânimo alimenta
a alma.
Se tens diante de ti a nua Vênus a mostrar-te
Teu corpo, une-te a ela nos misteriosos
Atos do amor profano, com ela tu serás
Mais um ser a provar a ambrosia de teu corpo.
Amores de extremo e longínquos caminhos.
Quem sois vós, amores extremos, para que
Possamos sempre ter tua face diante de nós?
Nas deleitosas e maravilhosas encenações da
Carne, tudo que aprendemos não é mais do
A essência de Vênus em novos caminhos e atos!