A janela

Havia tanta vida lá atrás da janela,

Sonhos que foram tolhidos fortuitamente,

Encerrados pela rígida e velha cancela,

Jamais retornam a paz calma reinante.

O tempo passa, marca o compasso das eras,

A rua fria já sem nenhuma vida que pulsa,

É um ciclo a encerrar sem a mínima espera,

No passado frio e sombrio a alma reclusa.

O pensamento que vaga pelo limbo à toa,

Preso nas linhas de um vicejar que destoa,

Em ideias fulgurantes onde a forma escoa.

E a saudosa janela de frente para a rua,

Emoldura os sonhos e a bela noite de lua,

Esconde uma realidade recôndita e crua.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 31/05/2023
Código do texto: T7802414
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.