Fogo Louco(Soneto 1)
Fogo Louco
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Queimam as vaidades em inconstante fogo,
Alimentado pelas eras de escuridão e dor,
Que de extremosa voz é ouvida nos clarins
Do Tempo, da História e do Momento.
Fogo Louco que devora as paixões que
Nunca são apenas meras lembranças
De dias esquecidos, roubados, ou mesmo
Lembranças de dias benfazejos.
Queima, oh fogo louco, todas as vaidades
Em incontida força, mostra a todos que
Teu poder é divino e varonil.
No fogo louco de cerúleas flamas,
Todos os pecados são entregues
À mais profunda cura do mundo.