Sereia
De dentro do mar, como uma miragem
Surgiu, majestosa, a deusa do amor
Sozinha na praia e o sol, escarlate,
Seu último raio a ela lançou
Foi-se de repente, visão tão querida,
Levando meus sonhos pra um mundo qualquer
Sentado, sozinho, gastei uma vida
Lembrando a sereia lá de São José
E eu, tão descrente, deixei escapar
Corria pra ela, tentava alcançar,
Mas, como num sonho, eu não consegui
Que havia sereias não acreditava
Mas no meu discurso hoje mudo as palavras
Eu creio! Sereias existem! Eu vi!