Nihil Novi

Não leve, nesta vida, os vãos amores,

Que tudo acaba, é tudo passageiro...

Não dura, o amor eterno, um ano inteiro,

E a rir-se, o tempo murcha até as flores...

Até as flores, vês, que já sem cores

Caíram sobre a lousa do primeiro...

Se até as flores morrem, companheiro,

Do amor o que dizer? De seus frescores?...

Se nada ao tempo faz frente e resiste,

De nada adianta ser feliz ou triste,

E ao nada eu jogo o verso, o metro, a rima...

Que a vida ao vento atire seu disfarce,

Pois tudo que do amor agora nasce,

Prefácio é doutro fim que se aproxima!...

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 26/05/2023
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