Nihil Novi
Não leve, nesta vida, os vãos amores,
Que tudo acaba, é tudo passageiro...
Não dura, o amor eterno, um ano inteiro,
E a rir-se, o tempo murcha até as flores...
Até as flores, vês, que já sem cores
Caíram sobre a lousa do primeiro...
Se até as flores morrem, companheiro,
Do amor o que dizer? De seus frescores?...
Se nada ao tempo faz frente e resiste,
De nada adianta ser feliz ou triste,
E ao nada eu jogo o verso, o metro, a rima...
Que a vida ao vento atire seu disfarce,
Pois tudo que do amor agora nasce,
Prefácio é doutro fim que se aproxima!...