CORPO ESTRANHO...

É crônica a febre que se instala,

Provocando os velhos delírios,

E, nele todo, vai e se espalha,

No meu sangue faz um rio.

Nas veias minha voz em pio,

O silêncio e as suas tralhas,

Navalha que me dá o fio,

Quando na alma crava.

A pele, mapa dos calafrios,

Entre as marcas dos desafios,

Apresentado o que mais maltrata.

O teu ato, tato arredio,

Embora sabendo sê-lo vazio,

Ainda assim, sempre me faz falta.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 25/05/2023
Código do texto: T7797498
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.