BELMONTE

Entre o rio e o mar tu estás

Repleta de árvores frondosas,

Rodeada de valetas sinuosas

À sombra dos belos coqueirais.

Distante, no horizonte fumegante,

Nuvens carregadas e medonhas

Lacrimejam no teu mangue verdejante,

Enquanto as patachocas trafegam risonhas.

Em teu seio desabrocham flores formosas

Que perfumam e enfeitam os funerais

Dos teus nobres filhos, gênios imortais.

Olhando somente as espumas flutuantes

O humilde poeta suspira, felicita e sonha

Às margens plácidas do teu Rio Jequitionha.

Dedicado à minha terra amada, a capital do guaiamum.