SONETO – Raimunda – 16.09.2022 (PRL)
SONETO – Raimunda – 16.09.2022 (PRL)
A Raimunda provém daquela roça,
Que nosso Joca plantou no beira-rio,
Que fica lá bem perto da palhoça,
Onde ela se abraçava com meu tio...
Seu belo corpo ainda sempre coça,
Mesmo com todo vigor do alvedrio,
E nenhuma reação ela esboça,
Porém daqui de tão longe, sorrio...
Sei que, comigo, nunca esteve a fim,
Nem eu mereço a sua limpidez,
Uma mulher de luta e de grandeza...
Que desta vida sabe o que é ruim,
No dia a dia, de tanta estupidez,
É muito linda, e tem jeito de alteza.
SilvaGusmão
Interação para o Armengador, com alguns retoques.