Saudade.
Do amor gratuito exagero
Não me importo, não espero
A reciprocidade, assim medida
De amizades de agora ou antiga
É do amor uma fração concebida
De um olhar, até uma palavra amiga
Que entende os percalços desta vida
E nem se indigna pela não acolhida
O amor não é obrigatório, por ser conhecida
E validada na memória afetiva, desconhecida
E só tem valor na alma viva, de cada vida
Havendo lembrança, já é saudade
Coisa tão pessoal e bonita
Como diamante, eternamente rija.