Projeção
A minha vida não é tal como era antes
E todo o meu desejo é a paz cabida
Antes como nunca e para toda a vida
É a saída do triunfo irreal, mas radiante.
E assim projetei-me numa fria tela
Da alucinação, o aceno virou um vício
Muitos foram os sinais desde o início
De que sadia mesmo é a vida singela
Meu deus, por que eu não acordei tão logo?
Nutri o meu sopro com ideias não minhas
No anseio de beber da mesma ventura…
Tão sofrido foi aprender com a amargura
Que não ver o próprio assento em um jogo
É lançar-se ao breu onde o caos se aninha.