Carinho de Papel
Já nem me sei mais lhe falar do que eu sinto
Até parece que exagero ou que minto
Mas o meu peito é que comanda esse sentido
Tenha certeza que é falado e é vivido.
Não é surpresa o meu carinho de papel
Já é de praxe, todo dia eu trago um,
Mas eu não canso de dizer do bem que vem
Da convivência, das conversas, do comum.
Se sou poeta, é que em mim habita a pena.
Eu gosto muito de escrever se sou feliz,
De ver no outro o seu sorriso que me diz,
Responde ao verso em que declaro a importância.
Se é de longe, elimina a distância,
Se é de perto, aprofunda a concordância.