MARIONETE...
Em suas mãos, ou aos quatro ventos,
Por um cordão do teu discernimento,
A controlar todos os meus movimentos,
Mandava-me sorrir mas sem sentimento.
Diz-me, então, por esse aparamento,
Eu fui em vão os teus tolos momentos?
Se eu vi o chão ou o encarceramento,
Era nada mais que o teu consentimento.
E lá ia eu em tua torpe manipulação,
Mero boneco, madeira com um coração,
Embora me doesse aceitava com tento.
Soltas as cordas ou apenas imaginação,
Nunca saberei direito a real sensação,
Ou me puxarão as cordas do tempo.