MARIONETE...

Em suas mãos, ou aos quatro ventos,

Por um cordão do teu discernimento,

A controlar todos os meus movimentos,

Mandava-me sorrir mas sem sentimento.

Diz-me, então, por esse aparamento,

Eu fui em vão os teus tolos momentos?

Se eu vi o chão ou o encarceramento,

Era nada mais que o teu consentimento.

E lá ia eu em tua torpe manipulação,

Mero boneco, madeira com um coração,

Embora me doesse aceitava com tento.

Soltas as cordas ou apenas imaginação,

Nunca saberei direito a real sensação,

Ou me puxarão as cordas do tempo.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 16/05/2023
Código do texto: T7789988
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.