A assombração
“Where he treads, the earth is parched! Where he breathes, the air is fire! Where he feeds, the food is poison! Where he turns, his glance is lightning!”
(Maturin, MELMOTH THE WANDERER)
Tanto por homem quanto por nume inaudito,
Ao pesadelo da Morte-em-Vida fadado,
O Céu me foi proibido – o Orco me foi vedado –
Uma alma não viva, mas não morta – precito
Meu espírito vagueia o Infinito
Sem descanso, sem consolo condenado,
Arrastando consigo apenas o passado
Que, mesmo agora, tortura-me aflito;
Meus pecados Deus não pode (ou não quer)
Expiar – mesmo o diabo, de pavor transido,
No Inferno tem asco de me receber,
E é isto que me resta: carregar, proibido
De, seja cá ou lá me fazer entender,
A maldição que me outorgou um tempo ido…