MARIONETE

O homem, perante a sua ignorância,

teima em, do mal, ser o seu fantoche.

Para depois, com maldoso deboche,

o mal, numa tamanha petulância...

venha zombar do bem na ganância

de perdê-lo, antes que ele desabroche

para o bem e, com toda fé, arroche...

sabendo sua grande importância.

A ação, senhores, é somente nossa.

Não há maldade alguma que possa,

quando agimos de acordo com o bem.

É preciso deixar de ser marionete,

para que o mal não pinte assim o sete,

fazendo apenas o que lhe convém.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 14/05/2023
Reeditado em 14/05/2023
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