Abandonei a Poesia!
Larguei, sem ter remorso, a poesia
Que um dia eu escrevi tão satisfeito.
Deixei lá no pretérito (im)perfeito
Porque não muito importa o que dizia.
Até que era uma luz ou companhia...
Mas ora, ela é matéria de Direito?!
Que importa ser poeta de respeito,
Se nada tem de grande a fantasia?!
Durante tantas noites, madrugadas,
Dispersas e sofridas pinceladas,
Que pouco ou nada trazem à rotina...
De fato, ela é inútil, isso é verdade,
Mas hoje sobreveio uma saudade:
Quão bela é a luz daquela lamparina!