Ridículo, querida, o teu mundo arrogante

    Não passa de ilusão, estás ciente disso.

    Encerra de uma vez este orgulho postiço,

    Sofreste a rejeição de teu único amante.

 

    Exagero, perdida, o teu novo feitiço

    Não surte efeito em mim, nunca foste elegante.

    Contemplo-te a tristeza em face lacrimante

    À vergonha cruel que me descompromisso.

 

    E agora, desprezada, imigrante sem pouso,

    Encontras-te encalhada e sozinha na cama.

    Tu não és nem madame, ou da noite uma dama...

 

    Quem és tu, despeitada, eu sequer te conheço?

    Talvez a meretriz que mendiga o seu preço...

    Cujo corpo tocar em boca, em mãos, não ouso!