AQUILO QUE SEMPRE PERMEIA
Toda ausência é passageira
Como toda dor
Como o sol prestes à se pôr
Que retorna breve com sua força altaneira.
Mesmo a permanência de tudo que for
Como um produto na prateleira
Vencido o prazo, está à beira
De substituto para repor.
Indelével somente o Amor...
No abandono inexistente...protetor
No vazio intermitente...trincheira
Assim, viver vira “brincadeira”
Sem abalos, apegos, ciumeira
Leve e belo como a flor.