Ampulheta
No meio da rua eu assistia
o dançar das constelações,
suas amorosas interações
desenhavam nossos dias.
Naquela rua nossos corações
se fundiam numa só melodia,
um som amável para quem ouvia,
o oposto dos falsos e severos sermões.
Se o tempo passa numa ampulheta,
nossos beijos são grãos de areia,
eternas marcas de nosso sentimento.
Meu amor, pegue sua luneta,
observe, como nos permeia,
essa eternidade em movimento.