Ampulheta

No meio da rua eu assistia

o dançar das constelações,

suas amorosas interações

desenhavam nossos dias.

Naquela rua nossos corações

se fundiam numa só melodia,

um som amável para quem ouvia,

o oposto dos falsos e severos sermões.

Se o tempo passa numa ampulheta,

nossos beijos são grãos de areia,

eternas marcas de nosso sentimento.

Meu amor, pegue sua luneta,

observe, como nos permeia,

essa eternidade em movimento.

João da Maré
Enviado por João da Maré em 02/05/2023
Código do texto: T7778069
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