Bandeira negra
A negra bandeira de minha fortaleza,
Sob o vento que sopra, uiva, ulula,
Inquebrantável atada ao mastro tremula
Motivada por uma incerta certeza.
Sem música, sem encantos, sem beleza,
Para lá – para cá – para lá tremula
Sob o Sol, e a chuva, e o vento que ulula
A negra bandeira de minha fortaleza.
Ah! Pesando sobre o ruinoso bastião
De minh’alma te agitas, sem te demover,
Lutuoso estandarte de minha solidão…!
Fremes – tremes – não me permites esquecer
Destes fantasmas a assombrar meu coração –
Daquilo que foi e não voltará a ser…