Vingança

No golpe do destino tracejado,

A chama da vontade de vencer

Liberta, num disparo a percorrer,

A fúria de um cativo encurralado.

Sentindo o dissabor enferrujado

Do sangue, que nos ares a verter,

Revela a maldição a se intrometer

no crime do inocente injustiçado.

Desperta da tormenta de repente,

Atado no calar da madrugada,

Confuso com o morto sorridente,

Um tolo que caíra na emboscada

Com olhos de terror e impaciente,

Vingança, friamente consumada.

Mozart Sávio
Enviado por Mozart Sávio em 30/04/2023
Reeditado em 29/02/2024
Código do texto: T7776644
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