Vingança
No golpe do destino tracejado,
A chama da vontade de vencer
Liberta, num disparo a percorrer,
A fúria de um cativo encurralado.
Sentindo o dissabor enferrujado
Do sangue, que nos ares a verter,
Revela a maldição a se intrometer
no crime do inocente injustiçado.
Desperta da tormenta de repente,
Atado no calar da madrugada,
Confuso com o morto sorridente,
Um tolo que caíra na emboscada
Com olhos de terror e impaciente,
Vingança, friamente consumada.