SONETO PERDIDO
Desculpe-me esta invasão...
Não quis ser invasivo, ó doce Criatura...
Tão pouco outra intenção...
É que fostes tão gentil, tão pura...
Cativou-me sua atenção...
Confesso estou confuso...
Falo-te, do meu coração...
Sinto-me perdido, intruso...
Deste-me, sentido difuso...
Transbordei em palavras, esta paixão...
E deixar-me nesta loucura...
É negar-me a própria ilusão...
Se não faz da palavra o uso...
Se foges assim, qual a razão..?
Bené Bené