UM ERRO IMPERDOÁVEL
Onde é que eu estava co’a cabeça,
Naquela hora em que errei teu nome.
Não há castigo que eu não mereça,
Morrer de sede ou morrer de fome.
Quero que algo pior me aconteça,
Ser atacado por um lobisomem,
Que o sete capas me apareça,
E que a minha alma ele me tome.
Só não quero mais é que se repita,
Esta que foi minha maior desdita,
Ao trocar teu nome naquela hora.
Por cometer uma desfeita destas,
Nem com presentes, nem com mil serestas,
Escaparei de ser mandado embora.