Num denso dia azul e alaranjado

Num denso dia azul e alaranjado,

Mais uma vez o sol se declinava,

Deixando um rastro aberto, cor de lava,

Pelo infinito céu já constelado...

Passava pelas perdas do passado

Tão frio como a noite que chegava,

Sereno como o vento que soprava

Em meu cabelo espesso e acastanhado...

Ao desprender das mágoas e das dores,

Notei que o céu se abria em novas cores

E por algum momento tão finito,

Minhas cruzes senti pouco importantes,

Senti-me um sonhador, aquele dantes,

E vi meu sonho lá no céu escrito...

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 28/04/2023
Código do texto: T7774644
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