Primazia
O fim, amor, o fim da nossa espera
virá silenciosa e calmamente,
nas asas de um desejo que se sente,
nos braços de um prazer que não se espera.
Virá nas emoções da primavera,
quando cair a tarde, ao sol poente,
no renascer da luz da aurora ardente,
quando ruir o templo da quimera.
Tu me olharás por entre o gozo e o riso
nenhum poema, então, será preciso,
seremos nós a flor da poesia.
Eu morrerei em ti e tu, em mim.
Na morte em que se encerra todo fim
a espera alentará a primazia!
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