Ausência
Me faz falta o teu adorno,
teu consolo inconfundível,
me faz falta percorrer o contorno
de teu coração inexprimível.
Agora sou um ser morno,
que voa num céu perecível.
Me causa um transtorno
saber que não és mais visível.
Meus batimentos são palpáveis,
fracos e lentos, mas inesgotáveis,
causados pela tua ausência.
Nossos castelos desmoronaram,
nossas estradas se desfiguraram
numa noite escura e sem cadência.