À minha vó
Chora o mundo inteiro por uma flor.
Flor antiga e bondosa, botão de vida
E esperança, que das mãos do Senhor
Nasceu, e foi por ele hoje, colhida.
Em vida, definiu a palavra amor,
Sendo o recato único da vivência lida.
Fez o bem a tudo até o sol se pôr,
E nos deixou, calmamente na partida.
Corpo e alma de dona Lia já não sofrem,
Está alegre, sorrindo, sem tristeza ou fome.
Deitada na rede do pé de manga, repousa.
E por mais puras, flores brancas morrem.
Mas deixam o legado, a história e um nome:
Maria da Costa Soares de Souza.