Indigente
Não se espante com a minha aparência
Com o meu jeito, modo de viver o agora
Já não age mais em mim, a resiliência
Que me movia nos tempos de outrora
Por você eu me fazia sempre aguerrido
Não havia em mim, enleios desiludidos
Enfrentava a labuta, a árdua dura lida
Nada, nada me impedia ó musa querida
De viver, feliz cantarolando pelas ruas
A mercê do amor da paixão nua e crua
Decidido eu buscava realizar os sonhos
Que ficaram pelos caminhos num repente
Tornando-me um andarilho, indigente
Alguém que não volta mais, a ser risonho
Valdomiro Da Costa 14/04/2023