No tempo do amor
Dizem que existiam flores gigantes
No tempo do amor
Expuseram verdades em vitrines
E ausentaram-se da dor
Quando o sol estava ao alcance de mãos mortais
Abraçamos... os nossos sonhos
Fizeram-nos reais
Louvou-se em rigozijos fleumáticos
Revirou-se o globo
Em busca de riqueza baio
Que nada foi achado
Encontraram apenas ouro da cor dos pretos
Com os seus escravizados
E o mundo partiu-se em pedaços doloridos*
Obs: * a palavra '' doloridos'' foi acrescentada depois da sugestão do meu amigo Antônio Bacamarte, que desde já, o meu muito obrigado a todos por lerem o meu soneto.