Canarinho
Ali é o fim da alma sem luz
Que não pode olhar o Céu,
Que vive em um corpo infiel,
Que não faz sinal da cruz.
Mais de cem dias sem orar,
Frágeis joelhos estão os vossos!
Não suportam se dobrar,
Faltam-lhes carnes nos ossos.
É mais que o fim, um começo
A encher de arrepios as peles
Desses que fizeram eles.
Agora, eu que não mereço,
Ouso-me bradar o grito
De blusa amarela: é o mito!