Soneto em dueto
É a idade, a moleza não desgruda
"não sou mais nada do que eu era antes"
se a vontade de viver é inconstante
"não existe nada mais que me iluda.
Minha mente busca lembrar amantes
"a crescer até sem nenhuma ajuda"
e não há sonho nem desejo que me acuda,
"meus sonhos não são mais mirabolantes".
Mesmo assim meu viver é estável,
"minha voz continua um tanto afável"
e tento preservar meu por enquanto.
"Meu rosto já não tem mesma ternura"
e meu pensar que sempre as procura,
" se faz conformado ao amargo pranto"
Versos entre aspas: Jorge de Oliveira
Versos ímpares: Josérobertopalácio