Soneto em dueto

É a idade, a moleza não desgruda

"não sou mais nada do que eu era antes"

se a vontade de viver é inconstante

"não existe nada mais que me iluda.

Minha mente busca lembrar amantes

"a crescer até sem nenhuma ajuda"

e não há sonho nem desejo que me acuda,

"meus sonhos não são mais mirabolantes".

Mesmo assim meu viver é estável,

"minha voz continua um tanto afável"

e tento preservar meu por enquanto.

"Meu rosto já não tem mesma ternura"

e meu pensar que sempre as procura,

" se faz conformado ao amargo pranto"

Versos entre aspas: Jorge de Oliveira

Versos ímpares: Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 20/04/2023
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