DESPRESTÍGIO PILARENSE
Sinto-me, às vezes, qual expatriado
Sofrendo um desprestígio gigantesco!
E o sofrimento que sinto é dantesco,
E por mais que o recuse, hei-lho acoplado.
Ao pensar ter o sofrer atenuado,
Meus irmãos vendo em mim seu parentesco,
Na verdade eles ficam mais grotescos,
Condenando minh’ verve nesse prado!
Em seus olhos há repulsa, ironia,
Com desdém tratam minha poesia
Que campus co’ afeição, amor profundo.
Mas que importa se ignoram minha arte?
Que importa é que propago em toda parte
O Pilar mais notável deste mundo!!
— Antonio Costta