Ao farfalhar das palhas do coqueiro

Ao farfalhar das palhas do coqueiro,

O silêncio da noite se afugenta;

É calma e leve a brisa que lamenta,

Sou seco e triste como um prisioneiro...

O mal tornou-se forte e corriqueiro,

E todo fim do dia me atormenta;

A cena repetida, em forma lenta,

É clara feito a chama de um isqueiro...

Com emoções confusas e exauridas,

Cansado de tentar sarar feridas

Que não fecham nem nunca fecharão,

Me deito e vejo a lua além das palhas,

E esqueço das agruras das batalhas

No sono de meu pobre coração...

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 18/04/2023
Código do texto: T7766782
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