Algoz

Como minh'alma assim tão pequena e vaga

Se estende na plaga deste imenso mar

Te coroas dos louros áureos das ondas

Que o sol ilumina quando tu sondas...

Fazes arrebol com este teu olhar lânquido

Estende-se desde o nascer do sol ao ocaso

Fica teu sorriso a pairar na brisa , tão cândido

Um doce delírio que não tem termo...nem prazo

Te escrevo entre nuvens que o vento dissipa

Te lanço aos ares entre o perfume das flores

Te extraio de minh'alma como formosa pepita

És o tântalo do qual se forjam minhas cadeias

Teu hálito, o vento que torna incêndio fogo que ateias

E meu corpo, o relicário onde o amor por ti crepita.