AS AMAZONAS

AS AMAZONAS

Nuas, as duas belas se entreolharam,

Entregues aos prazeres mais proibidos.

Na embriaguez de desejos escondidos,

Admiradas de si, elas se amaram.

Logo os lábios das lésbias se tocaram.

E os seus mamilos já intumescidos,

Como se figos alvos bem crescidos,

Uma à outra, dulcíssimos, beijaram.

Orvalhados os sexos, quase arfantes

Se trocavam carícias delirantes

Com ardores e gozos inclementes.

Amazonas, guerreiras do amor,

Cavalgam-se com tríbade furor,

Para juntas tombarem inconscientes...

Belo Horizonte - 09 07 1993