Voos poéticos
Proclamam que todo trovador é louco,
eu considero que seja quiçá visionário,
apesar disso, há quem fale o contrário,
viver sonhando é normal, um pouco…
Fui distante, além do azul, agora há pouco,
voando em trovas minhas, voo planetário,
vivenciei o medo do adeus, voo temerário,
afeto que se foi, apreço que por certo louvo.
São tão desvairadas as ganas de meu verso,
são infindas curvas sinuosas de amor perdido,
que jamais fora admitido, em vão, perverso.
Insanidades nem saboreadas, sem sentido…
de sortidos sonhos adormecidos, o poeta jaz,
então, a poesia ficou aflita… Amor? Jamais!