SONETO – Nada sou, nem fui – 18.03.2023 (PRL)

 

 

 

SONETO – Nada sou, nem fui – 18.03.2023 (PRL)

 

 

 

Serei da vida aquele ralo pó,

Sem cheiro ou cor, eterno disparate,

Dela sairei despido e muito só,

Das minhas cinzas não acho desate...

 

Mas a ninguém eu quis causar o mal,

Quis ser palhaço pela vida inteira,

Por vezes fui salgado como o sal,

Vivi nos lindos braços da parceira...

 

Que traz saudade e pressa de revê-la,

Quero estar perto dela, peço, imploro,

A quem me possa achar essa vereda...

 

Preciso tê-la, sei que sempre bela,

Esse o meu parco apelo, em cada poro,

E no pesar que extenso e me empareda.

 

SilvaGusmão

 

Foto: Internet/Google

ansilgus
Enviado por ansilgus em 15/04/2023
Reeditado em 15/04/2023
Código do texto: T7764216
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.