Trégua
Há um tanto de amparo e paz em mim
Que despertam sem eu perceber
No instante ocioso e vazio do meu ser
E acalantam a minha alma enfim
Em dias de pura consumação
O coração tem lá seus jeitos e trejeitos
De afugentar qualquer ato suspeito
Rendida, acabo por dar-me as mãos
Não permito abater-me por muito tempo
E é tão somente nesse contratempo
De tênue martírio, ainda que letal
Que rumam as batidas dentro do peito
Em deleites que trazem-me alento
Desvelo então um lado sentimental