Quando temos, ainda, poucos anos,
não há as sombras súbitas do medo,
parece que o universo abraça os planos
que tanto perseguimos, desde cedo.
Temos a força egrégia dos ciganos,
vivemos livres feito o passaredo,
não há pavor nos vastos desenganos,
e a cada dia o amanhecer é quedo!
Quem dera ter a juventude eterna!...
Porém a realidade nos governa,
tudo na terra encontra o fim sagaz.
O tempo segue em frente, nunca espera,
devasta a perfeição da primavera,
e os sonhos sempre ficam para trás.
Janete Francisco Sales Yoshinaga
Soneto NO OUTONO DA VIDA
entre os 50 melhores
no 12.º FESTIVAL DE SONETOS
“CHAVE DE OURO”
2024
Concurso Internacional da
Academia Jacarehyense de Letras
Página numero 58
Concurso Internacional da
Academia Jacarehyense de Letras
Página numero 58